A palavra é incomum, mas o significado todo mundo conhece na prática: quando você toca a tela do seu smartphone para dar um comando qualquer e ele responde com uma pequena vibração ou algum movimento no visor, você experimentou a háptica. Ela já faz parte da sua rotina e é uma das várias formas possíveis de “interações táteis” – nem toda interação tátil é háptica, mas todo fenômeno háptico é uma interação tátil. Entendeu? Então continue lendo…

A palavra háptica é usada para definir uma interface tátil em que um sistema fornece respostas ao usuário em forma de realimentação física (por exemplo os controles DUALSHOCK do Playstation) ou passivas quando não devolvem ao usuário nenhum tipo de movimento ou força, mas oferecem uma reação virtual (como essa do GIF aqui embaixo).

iGcGiXZ

Os dispositivos de interações táteis estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia, e a tendência à háptica é crescente. Em uma pesquisa rápida na internet é possível encontrar as mais variadas possibilidades e expectativas de uso dessa tecnologia. A Disney, por exemplo, está desenvolvendo uma tela que permite sentir texturas através do tato. Pesquisadores alemães e finlandeses trabalham no desenvolvimento de uma luva háptica controlada remotamente para guiar o usuário na direção de um objeto desejado – o que facilitaria a busca em locais com muitas opções, como bibliotecas e prateleiras de supermercados.

Além das infinitas possibilidades de gadgets, as invenções envolvendo a háptica são promissoras nos sistemas de imagens médicas, área em que essa tecnologia é precursora. Em 2007 um cientista sueco desenvolveu uma técnica que permite aos médicos “tocarem” o coração de um paciente real, sem riscos para a pessoa examinada, o que auxiliará na formação dos estudantes de medicina. Em uma universidade da Suécia cientistas desenvolveram algoritmos capazes de proporcionar a sensação do tato para formas tridimensionais cujas imagens estejam digitalizadas. Essa descoberta pode auxiliar os médicos na análise de tomografias e outros exames com grande volume de informações, uma vez que além de verem eles poderão “tocar” e sentir o que está retratado nas imagens.

Outras áreas do conhecimento não ficam pra trás na criação de plataformas hápticas. A Microsoft, por exemplo, trabalha no desenvolvimento de uma tela sensível ao toque para interação 3D. Montada sobre uma espécie de braço robótico, a ideia é que a tela responda ao toque do usuário instantaneamente, fazendo movimentos suaves que passem uma sensação de profundidade. Para o ramo do entretenimento a novidade é a Háptica Surround, tecnologia que permite ao corpo experimentar sensações variadas de acordo com o que a tela mostra – uma espécie de aprimoramento da realidade aumentada. A expectativa dos inventores da Háptica Surround é que ela seja incorporada aos mais diversos objetos: roupas, equipamentos esportivos, e claro, dispositivos portáteis.

Todas essas descobertas prometem mudar, num futuro não muito distante, a forma como interagimos com o mundo. Então se daqui alguns anos seu médico lhe der detalhes precisos da textura do seu coração, não se assuste. É a háptica.

Fonte: http://3bits.net/2013/haptica-e-o-futuro-das-interacoes-tateis/

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui