Enquanto os nossos professores, escolas e universidades estiverem preocupados apenas em desenvolver o intelecto, o raciocínio lógico, cultuarem valores competitivos, e a supervalorizarem a racionalidade, o poder e a auto-suficiência em nossas crianças e jovens, continuaremos construindo este mundo miserável, violento, egoísta, injusto e autodestrutivo em que vivemos.

A solução dos nossos grandes desafios coletivos não virá da ingênua equação de sucesso “Ciência + Tecnologia = Desenvolvimento Econômico.”

A Educação não pode continuar obcecada apenas pelo desenvolvimento econômico e pelo crescimento do PIB… É preciso nos darmos conta de que foi essa obsessão pelo dinheiro que nos trouxe até aqui e construiu esse mundo miserável onde vivemos

Precisamos URGENTEMENTE mudar as nossas prioridades, objetivos e metas para a Educação.

A educação precisa ser realizada com amor, para o amor e a partir do amor.

Entre todas as mudanças necessárias, aquela que eu reputo como a mais importante, precisa ser operada em nosso agir pedagógico.

Precisamos URGENTEMENTE de uma nova pedagogia: uma PEDAGOGIA DO AMOR.

A educação precisa ser realizada com amor, para o amor e a partir do amor.

Precisamos (re)descobrir, como pessoas e como sociedade, a força transformadora do Amor.

Nada tem mais poder para transformar pessoas e realidades (sociais, econômicas, ambientais, geopolíticas…) do que o Amor.

Uma Pedagogia do Amor indica a imagem do indivíduo relacional e, portanto, uma vinculação solidária com o outro, que implica um exercício permanente de cuidar.

Uma Pedagogia do Amor pode inserir o amor no processo de ensino-aprendizagem. Afastando as crianças e jovens do contexto de violência e de valores alienados que eles vivem atualmente, permitindo que eles cresçam no companheirismo, no respeito aos irmãos, na amizade, na compaixão e no respeito à natureza.

[Você pode estar perguntando agora…] Mas Hélio, como podemos definir o amor? Existe uma definição clara o suficiente sobre o amor para que possamos transformá-lo em um instrumento balizador para a aprendizagem?

Eis a resposta:

“O amor é paciente, o amor é bondoso.
Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
(1 Coríntios 13:4-7)

Um ótimo dia a todos!

Hélio Teixeira - Cientista-chefe do Centro de Estudos e Pesquisa em Ciência de Dados e Inteligência Artificial do IHT - é um estudioso da aprendizagem e da criatividade humanas como processos segundo ele "participativos e sociotecnicamente distribuídos." Sua pesquisa busca entender o que ele chama de "estruturas sociotécnicas de pertencimento necessárias à emergência da aprendizagem e da criatividade nos grupos humanos, concebidos como sistemas complexos." Ele adota uma abordagem transdisciplinar, articulando saberes da ciência da complexidade, ciências da aprendizagem, psicologia social, design participativo, inteligência artificial e psicologia cognitiva. Cientista de dados especializado em modelagem de dados e inteligência artificial algorítmica. Apaixonado por Modelagem Baseada em Agentes, com predileção pelos ambientes Mesa/Python e NetLogo, e pelo desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial. É fundador do Instituto Hélio Teixeira (IHT), do ColaboraLab e do Programa Letramento Tecnológico.

3 COMENTÁRIOS

  1. achei interessante seu pensamento quanto a pedagogia do amor, ao mesmo tempo facil de se aplicar se partimos do ponto de vista que vivenciamos em nosso dia-a-dia , mas como levar isso para dentro da escola? enquanto processo de aprendizagem? gostaria de saber mais sobre esse assunto, pois sou professora de educação infantil.

  2. Lindo texto, mas, quais as melhores práticas que deverão ser construídas nessa pedagogia do amor? Interessante divulgá-las para todo profissional comprometido com o ensino-aprendizagem e serem colocadas em ação.

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