Kurt Lewin teria sugerido que a melhor forma de sabermos como os grupos funcionam consiste em procurar mudá-los. Numa experiência que se tornou clássica em psicologia social, Kurt Lewin aplicou este princípio de mudança de hábitos alimentares nos Estados Unidos nos anos 40.

O consumo de partes menos nobres dos animais, tais como as vísceras, era então praticamente nulo. A questão que se colocava, dadas as restrições ao consumo de carne limpa em tempo de guerra, residia em como a substituir pelos produtos menos apreciados. De acordo com as hipóteses de Lewin a mudança social processa-se em 3 fases: 19.
A primeira fase consiste em desequilibrar uma situação estável, nomeadamente pondo em evidência a necessidade de mudança. Numa segunda fase, introduzem-se os novos procedimentos e numa última fase procede-se à sua consolidação, ou seja, procura-se que eles se tornem automáticos ou implícitos.
Kurt Lewin considerava ainda que a mudança obtida através de uma decisão de grupo envolvendo o compromisso dos participantes teria maior efeito sustentado do que através da difusão de informação, seja através de mídias ou dirigida a assembleias presenciais.
Os resultados da experiência de Lewin (1941) permitiram validar as hipótese, verificando-se que os grupos experimentais na condição de decisão de grupo, ou seja, na condição em que os membros discutiam as vantagens e inconvenientes dos novos procedimentos, culimando com um compromisso formal de alterar os seus hábitos de consumo, alteraram de fato as normas de consumo em termos estatísticos significativos quando em comparação com os grupos receptores passivos da informação.
Ainda que do ponto de vista técnico o futuro tenha vindo a introduzir as necessárias correções, o desenho proposto por Kurt Lewin revelou-se suficientemente robusto, continuando ainda hoje a constituir uma das estratégias básicas para introduzir mudanças comportamentais nos grupos de trabalho.